terça-feira, 19 de abril de 2022

"Me lembrei que o nosso amor não fronteiras..."

 Andei tendo dias difíceis... Dias nublados, desafiadores. 

Tenho confirmado que o luto não é mesmo uma linha reta, como a Ruth Manus explica tão bem nesse texto aqui: o luto não é uma linha reta

É engraçado porque quem me viu num dia bom, rindo, conversando e brincando "normalmente" pode achar estranho e até forçado eu estar tendo crises de choro no outro dia, sem qualquer motivo "aparente", sem que nada de novo tenha acontecido. Talvez, no passado, eu mesma julgasse alguém que visse assim, "super bem" num dia e completamente triste no outro, sem nenhum outro evento motivador dessa dor repentina... Ué, aquela dor não tinha passado, diminuído? Pois é... Vivendo e aprendendo.

Depois de alguns dias cinzas, achei que hoje seria difícil também. Eu sou muito ligada a algumas datas e hoje faz um ano que descobrimos a gravidez da Teresa. Faz um ano daquelas duas listrinhas rosas que mudaram a minha vida.

Achei que ficaria ainda mais triste e dolorida, como tenho andado. Mas acordei bem. Acordei feliz e grata.

Fechei os olhos e tentei lembrar do que eu senti quando eu vi aqueles dois risquinhos. Naquele dia, no fundo do meu coração, eu já sabia. Mas aquela confirmação... Quanta emoção, quanta felicidade, quanto amor. 

Como são poderosos os sentimentos e suas lembranças. Poderia ter ficado triste com essa lembrança (e pode ser que eu ainda fique, em outro momento, com essa ou outras lembranças - faz parte de ser humana). Mas a verdade é que aquele amor e felicidade me abraçaram essa manhã. E eu senti gratidão por tudo isso. Por todo esse novo e arrebatador amor que começou um ano atrás, eu só senti gratidão. E "me lembrei que o nosso amor não tem fronteiras..."


Um ano dessa alegria que estará sempre gravada no meu peito... É diferente do que imaginei um ano atrás, mas ainda assim, há muito amor e gratidão. 




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